Com as quartas‑de‑final encerradas, Copa Libertadores 2025 avança para a fase que define quem disputará a grande final em Lima. Quatro clubes cruzaram a linha de chegada de setembro com vitórias que mesclaram domínio, reviravoltas e até pênaltis.
Caminho até as semifinais
Do outro lado da Argentina, o Racing Club bateu o tradicional Vélez Sarsfield nas duas partidas. O primeiro duelo, fora de casa, terminou 1 a 0 para a equipe de Avellaneda; já no clássico de casa, o aproveitamento foi o mesmo, garantindo um placar agregado de 2 a 0.
No Brasil, o Palmeiras viveu uma montanha‑russa contra o River Plate argentino. Após perder por 2 a 1 no primeiro jogo, os brasileiros responderam com um placar elástico de 3 a 1, revertendo a situação e avançando com 4 a 3 no placar geral.
O Equador enviou o Liga de Quito, que superou o São Paulo com duas partidas bem distintas: vitória por 2 a 0 no próprio Quito e derrota por 1 a 0 em São Paulo, mas com a vantagem de 3 a 0 no agregado.
Já o Flamengo, representante flamenguista da capital carioca, passou pelos argentinos do Estudiantes de La Plata em um clássico de nervos. Primeiro jogo em casa: 2 a 1. Segundo turno: 1 a 0 para o rival, o que nivelou o placar em 2 a 2. Nos pênaltis, o Rubro‑Negro saiu vitorioso por 4 a 2, garantindo o posto nas semifinais.
O que esperar das semifinais
Os confrontos ainda não foram divulgados oficialmente pela CONMEBOL, mas o calendário já está definido. As partidas de ida acontecem entre 21 e 23 de outubro, enquanto o retorno será disputado de 28 a 30 do mesmo mês. Essa distribuição permite que os clubes se recuperem dos intensos jogos de setembro e ajustem estratégias.
O Racing Club chega como esperança da Argentina, mas enfrentará um adversário ainda por confirmar, que pode ser o Palmeiras, o Flamengo ou o Liga de Quito. Cada um traz um estilo diferente: o argentino costuma apostar na disciplina tática, o brasileiro na velocidade e criatividade, e o equatoriano na determinação defensiva que o levou ao título de 2008.
Para o Palmeiras, a missão pode ser repetir o feito de 2020, quando conquistou o bicampeonato. O elenco tem uma mistura de veteranos experientes e jovens explosivos, capaz de romper defesas bem organizadas. Se o duelo for contra o Flamengo, teremos dois gigantes brasileiros frente a frente – um choque de tradições que promete chamas nos estádios.
O Liga de Quito, por sua vez, busca se firmar novamente entre a elite continental. O clube tem mostrado solidez nos jogos fora de casa, e a vitória de 2 a 0 em casa contra o São Paulo foi um ponto de inflexão. A viagem para o Paraguai ou Argentina será decisiva.
Finalmente, o Flamengo tem tudo para alcançar a final. Após atravessar as quartas nos pênaltis, o time parece mais focado e com a moral em alta. A ausência de um confronto direto contra o Palmeiras nesta fase pode abrir caminho para uma final entre dois países diferentes, algo raro na história recente da competição.
Independentemente dos pares que se formarem, a disputa será marcada por ares de tradição e ambição. A final, marcada para 29 de novembro no Estádio Monumental de Lima, será o ponto de culminação de um torneio que começou em fevereiro, atravessando mais de nove meses de confrontos intensos.
Com três nações representadas – Argentina, Brasil e Equador – as semifinais reforçam a ideia de que a Libertadores está cada vez mais equilibrada. Os torcedores já se preparam para apoiar suas equipes, seja nas arquibancadas de Avellaneda, nos estádios de São Paulo ou nos campos de Quito, aguardando o que pode ser um dos capítulos mais memoráveis da história do futebol sul‑americano.
