Lakers vencem Trail Blazers por 123-115 mesmo sem estrelas em Portland

Lakers vencem Trail Blazers por 123-115 mesmo sem estrelas em Portland
Esportes Mirian Limachi Anagua 4 nov 2025 14 Comentários

Os Los Angeles Lakers venceram os Portland Trail Blazers por 123-115 na noite de segunda-feira, 3 de novembro de 2025, no Moda Center, em Portland, Oregon — mesmo com uma lista drasticamente reduzida. Sem quatro jogadores titulares, incluindo dois All-Stars, a equipe da Califórnia não apenas sobreviveu, mas dominou o segundo tempo com uma atuação que deixou o técnico JJ Redick emocionado. "Você tem que se orgulhar de um esforço assim, com tantos jogadores fora", disse ele no pós-jogo. "Não se ganha na NBA sem entrar na quadra achando que vai vencer. E hoje, a mentalidade foi absoluta."

Um jogo de resiliência e contraste

O desequilíbrio de elenco era gritante. Enquanto os Trail Blazers contavam com seus principais nomes em quadra, os Lakers jogavam com um time de reserva e jovens promessas. Mesmo assim, o time de Los Angeles não cedeu um centímetro. O centro Deandre Ayton, do Portland, foi imparável com 29 pontos, 10 rebotes e 3 bloqueios, mas foi suficiente? Não. O ala Rui Hachimura, dos Lakers, respondeu com 28 pontos em 10 de 15 no arremesso (66,7%), incluindo dois triples. Mas o verdadeiro herói surgiu no segundo tempo: Nick Smith Jr., o jovem armador de 20 anos, que explodiu com 17 pontos — 7 de 10 nos arremessos de quadra e 3 de 4 nos triples —, incluindo uma sequência de 11 pontos consecutivos que virou o jogo. "Nick Smith no segundo tempo simplesmente assumiu o jogo", afirmou Redick. "Precisávamos do seu controle, da sua agilidade. Foi um jogo perfeito para ele." A jogada decisiva veio aos 4:12 do quarto final: um passe de Nick Smith Jr. para Zack (Zack Edey, o centro de 7 pés) com um lob de efeito, que resultou em um drible e um banco de cesta. A torcida do Moda Center caiu em silêncio. O locutor gritou: "Ladies and gentlemen, say good night." Era o fim da resistência dos Blazers.

A estratégia dos Blazers: pequenos, rápidos, caóticos

Os Trail Blazers tentaram desestabilizar os Lakers com um sistema defensivo agressivo, baseado em trocas constantes e pressão total. "Eles montaram uma linha pequena e trocam tudo", observou Redick. "Foi difícil de enfrentar — especialmente sem nosso armador titular. Mas nossos caras aprenderam a jogar em espaços." O ala Deni Avdija foi a maior ameaça ofensiva de Portland, anotando 33 pontos e 6 rebotes, mas errou 11 de 24 arremessos. Seu desempenho individual não foi suficiente para compensar a falta de coesão coletiva. "Drew [Drew Eubanks] faz as regras dele", comentou Redick, em referência à abordagem improvisada da defesa do Portland. "Mas no final, você não vence a NBA com individualismo." Curiosamente, ambos os times tiveram a mesma porcentagem de acerto nos arremessos de quadra — 48,9% — e até mesmo a mesma eficiência nos triples: 9 de 22. Mas os Lakers converteram 12 de 14 nos lances livres, enquanto os Blazers erraram 7 de 11. Foi isso, mais que qualquer coisa, que decidiu o jogo.

Um sinal para a liga: a profundidade dos Lakers

A vitória elevou o recorde dos Lakers para 6-2 na temporada 2025-2026, mantendo-os entre os top 3 da Conferência Oeste. Mas o mais importante não foi o resultado, e sim o que ele representa. Sem LeBron James (lesão muscular), sem Alex Caruso (contusão no tornozelo), sem Anthony Davis (descanso programado) e sem Austin Reaves (protocolo de saúde), o time ainda venceu um adversário em casa, com uma equipe formada por jogadores que não começam em quase nenhum outro time da liga. Isso não é sorte. É cultura. O técnico Redick, ex-jogador da NBA e agora treinador, construiu um ambiente onde até o 12º homem sabe que sua função é mais que substituir — é elevar. "Nós não temos estrelas hoje, mas temos caráter", disse o assistente técnico, Chuck Person, após o jogo. "E isso, no longo prazo, vence campeonatos."

O que vem a seguir?

Os Lakers viajam para Sacramento para enfrentar os Kings na quarta-feira, 5 de novembro. Já os Trail Blazers voltam para casa, com o desafio de reorganizar sua defesa e encontrar consistência ofensiva além de Avdija e Ayton. O técnico Chauncey Billups admitiu: "Nós jogamos bem, mas não o suficiente. Não podemos depender de 33 pontos de um jogador para vencer. Precisamos de mais." A lição deste jogo é clara: na NBA moderna, o talento individual é apenas o começo. O que separa os campeões dos bons times é a capacidade de se reinventar — mesmo quando o elenco está pela metade.

Frequently Asked Questions

Como os Lakers conseguiram vencer sem seus principais jogadores?

Apesar da ausência de LeBron James, Anthony Davis e outros titulares, os Lakers contaram com uma combinação de mentalidade vencedora, profundidade de elenco e atuações individuais de emergência. Nick Smith Jr. e Rui Hachimura lideraram o ataque no segundo tempo, enquanto a defesa coletiva e a eficiência nos lances livres (12 de 14) foram decisivas. A cultura de confiança criada por JJ Redick permitiu que jogadores menos conhecidos assumissem papéis-chave.

Quem foi o jogador mais importante da partida?

Nick Smith Jr., o armador de 20 anos, foi o pivô da virada. Ele marcou 17 pontos no segundo tempo, com 70% de aproveitamento nos arremessos e 75% nos triples. Sua agilidade e capacidade de criar jogadas em situações de pressão foram fundamentais para quebrar a defesa dos Blazers. Redick o chamou de "o melhor jogador da noite" — e não apenas por pontos, mas por liderança silenciosa.

Por que os Trail Blazers perderam mesmo com Deni Avdija fazendo 33 pontos?

Avdija foi brilhante, mas foi o único. O resto da equipe falhou em criar espaço e manter consistência ofensiva. Erros defensivos, 7 lances livres perdidos e falta de apoio em momentos críticos custaram caro. Enquanto os Lakers tinham 5 jogadores com 10+ pontos, Portland teve apenas dois — e um deles, Ayton, foi marcado com intensidade no final. Individualismo não vence na NBA.

O que essa vitória significa para o futuro dos Lakers?

Demonstra que os Lakers não dependem apenas de suas estrelas. Com um elenco mais profundo do que se imaginava, a equipe pode manter competitividade mesmo durante períodos de lesões. Se Nick Smith Jr. continuar evoluindo, ele pode se tornar o novo ponto de apoio para o time enquanto LeBron e Davis envelhecem. Essa vitória é um sinal de que a cultura de vencer está se espalhando além dos nomes famosos.

Comentários

  • Thiago Silva

    Thiago Silva novembro 6, 2025

    Essa vitória foi pura magia, mano. Sem LeBron, sem AD, sem Caruso... e ainda assim o time entrou e jogou como se tivesse tudo. Nick Smith Jr. tá no caminho certo, sério. Esse garoto tem alma de campeão. Não é só talento, é cabeça. E isso, na NBA, é raro como ouro puro.

  • Sandra Blanco

    Sandra Blanco novembro 7, 2025

    Isso tudo é só desculpa pra perder. Se o time não tem estrelas, não deveria jogar.

  • Willian Paixão

    Willian Paixão novembro 9, 2025

    Realmente impressionante como o Redick montou isso. O time inteiro jogou como uma família. Rui Hachimura tá em uma fase incrível, mas foi o Nick que deu o gás. 17 pontos no segundo tempo? Isso não é sorte, é preparo. E o lance do Zack Edey com o lob? Pura química. Essa equipe tá construindo algo maior do que só vitórias.

  • Bruna Oliveira

    Bruna Oliveira novembro 9, 2025

    Claro que venceram, é só um time de reserva. Mas o que é isso? Um reality show de basquete? Onde está a elite? Onde está o talento genuíno? Isso aqui é NBA ou reality show da Globo?

  • Rayane Martins

    Rayane Martins novembro 10, 2025

    Isso aqui é o que a NBA precisa. Não são estrelas que ganham campeonatos. É time. É cultura. E essa equipe provou que o 12º homem pode ser o herói. Nick Smith Jr. é o futuro. E ele não tá esperando ninguém chegar. Ele tá tomando conta.

  • gustavo oliveira

    gustavo oliveira novembro 11, 2025

    Mano, isso aqui é o que o Brasil precisa ver. Não é só sobre ser o melhor, é sobre ser o mais unido. Esses caras jogam como se tivessem algo a provar. E é lindo. A gente tá acostumado a ver só os nomes grandes, mas aqui, o time inteiro é grande. Isso é inspiração pura.

  • Caio Nascimento

    Caio Nascimento novembro 12, 2025

    Essa vitória... foi... realmente... surpreendente. O fato de que... os Lakers... não tinham... quatro titulares... e ainda assim... venceram... por 8 pontos... em Portland... é... um fenômeno... estatístico... e... tático... profundamente... significativo.

  • Rafael Pereira

    Rafael Pereira novembro 13, 2025

    Se vocês acham que foi sorte, tá errado. Isso é trabalho. Todo dia, os caras treinam pra quando o momento chegar. Nick não apareceu do nada. Ele treinou com os veteranos, estudou filme, suou. E quando o time precisou, ele foi. Isso é o que faz um time vencer no longo prazo. Não é o nome no jersey, é o coração no peito.

  • Naira Guerra

    Naira Guerra novembro 14, 2025

    Outra vitória por sorte. Quando as estrelas voltarem, vão ver que isso tudo era ilusão.

  • Manuel Silva

    Manuel Silva novembro 15, 2025

    nick smith jr foi o cara, 17 pts no 2t, 7/10 no arremesso, 3/4 de 3... mas o zack edey com o lob? isso foi loucura. tipo, como ele conseguiu fazer isso? e os lances livres? 12/14? isso foi o que venceu, nao os pontos. os trail blazers eram mais eficientes no arremesso mas perderam por 8 pontos por causa dos lances livres. erraram 7. isso é o que nao vao falar na tv.

  • Flávia Martins

    Flávia Martins novembro 15, 2025

    nick smith jr 20 anos e fez 17 no 2t? como isso é possivel? e o zack edey 7 pes? e o lob? como isso aconteceu? e os lances livres? 12/14? isso nao pode ser real

  • José Vitor Juninho

    José Vitor Juninho novembro 16, 2025

    Essa vitória me fez lembrar de quando o Spurs venceu com o Tim Duncan, Ginóbili e Parker... sem ninguém esperando. A NBA é feita de histórias assim. Não é só sobre nomes grandes. É sobre quem está disposto a levantar a mão quando ninguém mais está olhando. Nick Smith Jr. é o novo símbolo disso. E o Redick? Ele tá construindo algo que vai durar mais que qualquer estrela.

  • Maria Luiza Luiza

    Maria Luiza Luiza novembro 18, 2025

    Claro, claro, 'cultura'... como se o time inteiro não fosse só um monte de garotos que ninguém queria. O que acontece quando o LeBron volta? Vão chorar porque ninguém sabe o que fazer sem ele. Essa vitória é só um flash. O time inteiro é um falso campeão.

  • Sayure D. Santos

    Sayure D. Santos novembro 19, 2025

    A profundidade tática dos Lakers é um fenômeno sistêmico de resiliência organizacional. A eficiência nos lances livres, combinada com a capacidade de transição em situações de pressão defensiva, demonstra uma maturidade operacional rara em equipes em reconstrução. Nick Smith Jr. opera como um node de controle dinâmico, enquanto o sistema de spacing de Redick maximiza a eficácia de jogadores de perfil não tradicional. Essa não é uma vitória aleatória - é a materialização de um modelo de gestão esportiva avançado.

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