Na tarde de 27 de setembro, o Gtech Community Stadium se transformou no palco de um dos resultados mais inesperados da rodada da Premier League. O Brentford, comandado por Keith Andrews, saiu ao ataque desde o apito inicial e, com muita disciplina tática, impôs um ritmo que o Manchester United, sob o comando de Ruben Amorim, não conseguiu acompanhar.
Como o Brentford abriu o placar e dominou a partida
O primeiro golpe veio aos oito minutos, quando Igor Thiago recebeu um passe em profundidade e finalizou com frieza dentro da área, surpreendendo o goleiro da casa. O objetivo já estava marcado, mas o Bees não parou por aí. Aos 20 minutos, a mesma peça ofensiva apareceu novamente, desta vez concluindo um cruzamento de dentro da área que virou pênalti e foi convertido de pé firme. O duplo de Thiago colocou o Brentford em vantagem confortável e mudou completamente a dinâmica do jogo.
Ao marcar duas vezes tão cedo, a equipe londrina mostrou um plano bem ensaiado: pressão alta, linhas defensivas compactas e transições rápidas. Cada toque da bola pelos United foi monitorado, e em vários momentos a defesa dos Bees pareceu impenetrável, forçando o Manchester United a errar passes simples.
Respostas tardias dos Red Devils e a consolidação da vitória
O United, porém, não ficou de braços cruzados. Aos 26 minutos, Benjamin Sesko recebeu um cruzamento na pequena área e cabeceou firme, dando esperança aos torcedores. Por um momento, a partida pareceu que poderia se abrir, mas a falta de criatividade e a incapacidade de manter a posse de bola impediram que o United criasse novas oportunidades claras.
O jogo seguiu tenso, com o Brentford controlando bem o meio-campo e explorando os espaços deixados pelos Red Devils. Um ponto crítico foi a tentativa de penalty de Bruno Fernandes, que viu sua cobrança ser defensivamente bloqueada, gerando ainda mais frustração para o time visitante.
Na etapa final, a pressão aumentou. O Brentford continuou a se movimentar, criando chances de contra-ataque. Quando o árbitro acrescentou cinco minutos de acréscimo, o clima já estava carregado. Foi então que Mathias Jensen, vindo do banco, entrou e, aos 95 minutos, aproveitou um rebote dentro da área para selar o placar de 3 a 1. O gol tardio foi a cereja no bolo, confirmando que o United não conseguiria virar o jogo.
Além do placar, os números do confronto reforçam a superioridade dos Bees: domínio de posse, maior número de finalizações dentro da área e menos cartões. Ambos os clubes entram na tabela com duas vitórias, um empate e três derrotas, mas o Brentford enviou uma mensagem clara – pode competir de igual para igual com os gigantes da liga.
Para Ruben Amorim, o revés é mais um alimento para a reflexão. A equipe mostrou lentidão, falta de organização defensiva e pouca capacidade de reação diante de um adversário bem preparado. Enquanto isso, o Brentford celebra uma vitória que pode mudar a percepção da torcida sobre seu potencial competitivo.
